Dilma manda votar a MP dos Portos sem acordo
Josias de Souza
08/05/2013 03h29
Um dos regentes da resistência responsabiliza Dilma pelo dissenso. Recorda que a presidente desautorizou seu líder no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que esboçava um acordo. Ela só aceita um tipo de diálogo, afirma outro trombone desafinado. Esmiuçou o raciocínio: para a doutora Dilma, o bom diálogo é aquele em que o interlocutor é obrigado a calar a boca. Tem muita gente pela tampa.
Sob ordens de Dilma, os síndicos do condomínio decidiram atravessar a banda dos portos no plenário da Câmara na base do vai ou racha. A chance de rachar é grande, muito grande, enorme. Ao forçar os aliados a dançar conforme a sua música, a presidente arrisca-se a virar personagem de um choro bem brasileiro.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.