Senado elimina ‘ética’ do juramento de senador
Josias de Souza
06/08/2013 19h07
Por exempo: Lobinho passou a borracha numa novidade que seria inserida no juramento que os senadores são obrigados a fazer quando tomam posse. Pelo texto original, os doutores assumiriam o compromisso de se portar com ética. Na nova versão, a ética sumiu. Por quê?
Vale a pena ouvir o relator Lobinho: "Isso daria margem a interpretações perigosas. O que é ética para você pode não ser para mim. E aí incluir isso iria gerar problema de conflitos ali. A ética é uma coisa muito subjetiva, muito abstrata."
De fato, a ética é coisa de alta periculosidade. No momento, são dois os principais perigos: a platéia é incapaz de reconhecer a ética dos políticos. E estes são incapazes de demonstrá-la.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.