Culpa pela podridão no Trabalho é das virgens
Josias de Souza
11/09/2013 06h09
Sob controle do PDT desde 2007, a pasta do Trabalho atravessa o seu segundo ciclo de escândalos. O primeiro teve seu desfecho em dezembro de 2011, com a queda do ministro de então, Carlos Lupi, presidente do PDT federal. O atual arrasta, já no nascedouro, o segundo da pasta, Paulo Roberto Pinto, homem de confiança de Lupi. Para Manoel Dias, fatalidades.
Como se desejasse compensar de algum modo os cadáveres políticos ao redor, o ministro evocou os mortos do passado: "A contribuição do trabalhismo para esta área vem desde Getúlio Vargas, passando por João Goulart. O partido tem tradição nesta área. Infelizmente aconteceu isso." É, infelizmente aconteceu. Aconteceu uma, duas vezes.
Por sorte, o PDT não tem nada a ver com isso. Perdidos no meio do lodo, os filiados da ex-legenda de Leonel Brizola fazem lembrar as virgens. Não qualquer tipo de virgem. Não, não. Absolutamente. Lembram as virgens de Sodoma e Gomorra.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.