Marina: cartórios trataram Rede de forma atípica
Josias de Souza
01/10/2013 05h39
Numa tese endossada por Marina Silva, a cúpula da Rede insinua que a legenda mereceu dos cartórios um tratamento atípico. Afora a demora do processo de certificação das assinaturas, identificaram-se discrepâncias nas taxas de rejeição das rubricas. Excluindo-se Brasília e São Paulo, a média de exclusão foi de 19%. Incluindo-se Brasília e São Paulo, a taxa vai a 35%. No ABC Paulista, berço do PT, o índice roçou a casa dos 50%.
Para Marina e seus correligionários, cabe à Justiça Eleitoral, não à Rede, esclarecer o que se passou nos cartórios. Ao novo partido não resta senão reivindicar que sejam validadas as 95 mil rubricas refugadas sem justificativa. Algo que o TSE jamais fez. A encrenca será resolvida até quinta-feira. Em privado, os parceiros de Marina afirmam que ela deve ser tomada a sério quando diz que não irá se filiar a outro partido se arrostar um malogro no TSE.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.