Caso Alstom: Suíça condena um ex-executivo que serviu aos governos do PSDB
Josias de Souza
16/11/2013 06h46
A cúpula do PSDB reagiu às prisões do mensalão com um silêncio estrepitoso. Natural. Em matéria de escândalos, a sigla se tornou uma logomarca de vidro. Afora o mensalão do tucanato de Minas, pendente de julgamento no STF, o partido é acossado em São Paulo, seu berço político, por um par de investigações. Numa, apura-se o cartel da Siemens. Noutra, as propinas da Alstom.
Nesta sexta (15), mesmo dia em que os mensaleiros começaram a ser presos, veio à luz uma novidade: a Justiça da Suíça condenou por lavagem de dinheiro o ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), José Roberto Zaniboni. Acusam-no de receber da multinacional francesa Alstom, numa conta bancária aberta num banco suíço, US$ 836 mil (R$ 1,84 milhão). Ele nega que seja propina. Alega que
Zaniboni atuou em todos os governos tucanos em São Paulo. Trabalhou sob Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. Suprema ironia: o advogado do ex-executivo da CPTM se chama Luiz Fernando Pacheco —o mesmo que assina a defesa do petista José Genoino. Aqui, você encontra mais detalhes.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.