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5 mil cubanos desertaram de missões médicas

Josias de Souza

06/02/2014 17h12

Nos últimos dez anos, algo como 5 mil médicos, enfermeiros e terapeutas cubanos desertaram de missões internacionais. Deve-se a escrituração das fugas a uma entidade chamada Solidariedade Sem Fronteiras. Fica em Miami, nos EUA, para onde foi a maioria dos desertores. A entidade é dirigida por Julio César Alfonzo, ele próprio um médico. Formou-se em 1992, na Universidade de Havana.

A exportação de médicos tornou-se uma importante fonte de divisas para Cuba. Estima-se em cerca de 50 mil o número de cubanos que prestam serviços médicos no estrangeiro. Muitos aproveitam para desertar. Como fez Ramona Matos Rodriguez, a doutora que abandonou o programa Mais Médicos e pediu refúgio no Brasil.

A repórter Maye Primera informa que a Solidariedade Sem Fronteiras recebe semanalmente entre sete e oito telefonemas de cubanos interessados em desertar das missões médicas. A grossa maioria das ligações, mais de 90%, provêm da Venezuela. Vêm a seguir Nicarágua e Bolívia. A entidade acredita que logo sera contactada também por cubanos enviados ao Brasil.

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Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.


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