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Azeredo desiste de fazer autodefesa na Câmara

Josias de Souza

18/02/2014 17h24

O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) desistiu de subir à tribuna da Câmara. Principal réu do processo do mensalão tucano de Minas Gerais, ele prometera um discurso de autodefesa. Ocorreria na semana passada. Foi adiado para esta semana. Súbito, foi cancelado. Azeredo agora diz que distribuirá um texto.

Ex-presidente do PSDB federal, o deputado passou os últimos anos dizendo coisas definitivas. Por exemplo: sou inocente. Ou: a exemplo do Lula, eu não sabia. A aproximação do dia do julgamento no STF parece ter operado em Azeredo uma mudança. Ele agora prefere não definir coisas.

O PSDB está dividido. Um pedaço do partido defende que Azeredo ocupe a tribuna e conceda uma esclarecedora entrevista coletiva. Outro naco do tucanato acha que o silêncio do réu é preferível. Uma terceira ala considera que o ideal é que, além de calar, o correligionário saia de fininho pela porta da renúncia.

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Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.


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