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Janot pede que mensalão mineiro fique no STF

Josias de Souza

25/03/2014 15h26

O STF deve decidir nesta quinta-feira (27) se envia ou não o processo do mensalão mineiro do PSDB para a primeira instância da Justiça Federal, em Belo Horizonte. A dúvida surgiu depois que o tucano Eduardo Azeredo renunciou ao mandato de deputado federal, no mês passado. Ao bater em retirada, perdeu a chamada prerrogativa de foro que mantinha o processo no STF.

Em manifestação enviada aos 11 ministros do Supremo nesta segunda-feira (24), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu a tese segundo a qual a renúncia de Azeredo não retira a legitimidade do Supremo para julgá-lo. Ele enxergou na renúncia uma "tentativa de burla à jurisdição."

Janot recordou que os fatos que resultaram na denúncia ocorreram em 1998, quando Azeredo disputou a reeleição ao governo de Minas. Em 2009, a acusação da Procuradoria foi convertida pelo STF em ação penal. Azeredo é acusado de peculato (desvio de verbas públicas) e lavagem de dinheiro.

No mês passado, Janot pediu ao Supremo, nas suas "alegações finais", que Azeredo seja condenado a 22 anos de prisão. Treze dias depois, Azeredo renunciou ao mandato. Não esperou nem mesmo pela apresentação das "alegações finais" do seu advogado. Para Janot, a renúncia não pode resultar na transferência para a primeira instância de um processo que está na sua fase derradeira, na bica de ser julgado.

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Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.


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