Procurador quer suspender caravana de Padilha
Josias de Souza
29/05/2014 19h35
Para o procurador, as caravanas estreladas por Padilha constituem propaganda eleitoral. Algo que a lei proíbe nesta fase da disputa. O doutor recorda que a legislação autoriza a realização de encontros fechados para a discussão de planos de governo ou negociação de alianças.
O problema, segundo o procurador, é que as caravanas de Padilha, "além de serem abertos ao público, contam com ampla divulgação nas redes sociais e meios de comunicação locais, havendo, inclusive, transmissão em tempo real."
Pelas contas da Procuradoria eleitoral, o PT já realizou 12 caravanas. Padilha percorreu 106 municípios. Junto com a representação, André Ramos levou ao TRE gravações em vídeo e áudio que comprovariam o caráter propagandístico dos eventos. A coisa precisa ser interrompida, diz ele, porque "fere a igualdade de oportunidades entre os candidatos que concorrerão às eleições, em escancarada violação à isonomia" prevista em lei.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.