Com vice de SP, Aécio atenua o ‘efeito Edualdo’
Josias de Souza
30/06/2014 06h00
O senador paulista Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB, foi avisado de que será o candidato a vice de Aécio Neves. Com essa escolha, o mineiro Aécio enfia São Paulo dentro de sua chapa, amarra o eterno desafeto José Serra, amigo de Aloysio, e atenua os efeitos do hídrido 'Edualdo', mistura de Eduardo Campos com Geraldo Alckmin.
Em convenção realizada neste domingo (29) com a presença de Aécio, o PSDB de São Paulo formalizou a recandidatura de Geraldo Alckmin ao governo do Estado. Como previsto, seu vice será o deputado federal Márcio França, do PSB de Eduardo Campos.
Espécie de Cavalo de Troia de Campos no palanque de Alckmin, Márcio França equipou-se para abrir 40 comitês eleitorais em São Paulo —28 no interior, 12 na capital. Nesses comitês, será estruturada a campanha que convidará o eleitor a votar em 'Edualdo' —Eduardo para presidente e Geraldo para governador.
Com Aloysio de vice, Aécio tenta evitar que os tucanos lhe façam em São Paulo o que ele levou os peemedebistas a fazerem com Dilma Rousseff no Rio, ao firmar com o PMDB de Sérgio Cabral a parceria que deu à luz o Aezão —combinação de Aécio com Pezão.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.