A polêmica que opôs o Banco Santander ao PT produziu a demissão de três pessoas. Chama-se Sinara Polycarpo Figueiredo a mais graduada. Ela era superintendente de Investimentos da casa bancária. Ouvida pela revista Exame, Sinara desabafou: "Minha trajetória é impecável e bem-sucedida. Portanto, jamais poderá estar associada a qualquer polêmica. Esse assunto já se esgotou."

Sinara foi mandada ao olho da rua nas pegadas da pressão exercida pelo petismo depois que o Santander enviou aos seus clientes mais bem-postos um informe que vinculava o eventual sucesso eleitoral de Dilma à deterioração do cenário econômico. Num evento promovido pela CUT, Lula declarou:

"…Essa moça não entende porra nenhuma de Brasil. E não entende nada de governo Dilma. Manter uma mulher dessa num cargo de chefia é, sinceramente… Pode mandar embora e dá o bônus dela pra mim."

A demitida evitou jogar lenha na fogueira. "Estou indo viajar. Vou ficar fora de São Paulo até o dia 25", disse. Além de Sinara, foram afastados a analista financeira que redigiu o texto que tirou o PT do sério e um gerente comercial chamado Eduardo Correia.

Vice-presidente de Comunicação e Marketing do Santander, Marcos Madureira declarou: "O banco não cerceia as liberdades individuais de seus funcionários e nossas análises técnicas não se submetem a qualquer tipo de pressão externa. Essas pessoas foram demitidas porque quebraram nosso código de conduta, que diz que não podemos nos manifestar sobre tema político-partidário." Então, tá.