Ação da Petrobras vale menos que o panetone
Josias de Souza
26/12/2014 18h13
Deve-se o recuo às más notícias que fluem da maior estatal brasileira como vazamento de petróleo em alto mar. Depois de certo estágio, é difícil deter a mancha. Na noite de terça-feira, a agência de classificação de risco Moody's informou que submete a nota da Petrobras a uma reavaliação. Pode rebaixá-la. Passado o feriado do Natal, a notícia ecoou negativamente na Bovespa.
Há quatro dias, instada a comentar a petrorroubalheira que fez da Petrobras um caso de polícia, Dilma Rousseff disse, em entrevista, que a estatal, do ponto de vista da produção, "vai bem, obrigada". Informou que Graça Foster fica no comando. E acrescentou: "Trabalhamos com o seguinte fato: uma luta incansável para não rebaixarem a nota" da companhia. Ficou a impressão de que, nessa luta, o acionista da Petrobras entra com a cara.
– Aqui, mais detalhes sobre o papelório da Petrobras.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.