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Renan ignora petrolão e se nega a deixar cargo

Josias de Souza

08/01/2015 05h09

Pós-graduado em escândalos, Renan Calheiros dá de ombros para o caso do petrolão e se recusa a abrir mão do seu desejo de ser reeleito presidente do Senado para o biênio 2015—2016. A todos que o aconselham a sair da vitrine, Renan responde que as investigações que viram a Petrobras do avesso não revelarão nenhuma prova contra ele.

Curiosamente, a despeito do risco de Renan ser acionado no STF pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, o Planalto hesita em desembarcar do seu projeto. O próprio Renan, em privado, se encarrega de explicar as razões de tanto apego. Segundo diz, o governo Dilma Rousseff está fraco e precisará dele no Congresso.

Diferentemente do que sucede na Câmara, onde três candidatos guerreiam pelo comando –Eduardo Cunha (PMDB), Arlindo Chinaglia (PT) e Júlio Delgado (PSB)—Renan não tem no Senado adversários declarados. Com atraso, o PSDB, principal partido da oposição, só agora ensaia a articulação de uma alternativa.

Sob o comando de Aécio Neves, o tucanato busca um nome dentro do próprio PMDB. Por ter a maior bancada do Senado, a legenda desfruta da primazia regimental de indicar o presidente. Líder dos tucanos, o senador Aloysio Nunes Ferreira cita, reservadamente, um nome que não vinha sendo evocado: Garibaldi Alves Filho. Ele acaba de deixar o posto de ministro da Previdência. Já presidiu o Senado.

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Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.


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