Rejeição a Temer reativa debate sobre desligamento da função de articulador
Josias de Souza
18/08/2015 04h08
Exergou-se no índice uma evidência de que a impopularidade de Dilma é contagiosa. E concluiu-se que o vice-presidenete escolherá seu próprio caminho para o inferno se não tomar distância da função de articulador político do Planalto.
A pesquisa ouviu eleitores aos quais Temer costuma se dirigir quando pede votos: brasileiros de classe média residentes em São Paulo. A despeito disso, o carioca Eduardo Cunha, enrolado na Operação Lava Jato, amargou taxa de rejeição bem menor: 43%.
Para os aliados de Temer, o figurino de sub-Cunha não orna com um personagem que precisa conservar sua capacidade de diálogo caso seja compelido pelos fatos a administrar o desenlace de um desastre.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.