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PSB fecha maior tempo de TV da eleição em SP

Josias de Souza

19/02/2018 02h55

Prestes a deixar o cargo de governador de São Paulo, Geraldo Alckmin enfrenta dificuldades para compor uma coligação presidencial. Na bica de assumir o Palácio dos Bandeirantes, o vice-governador Márcio França já dispõe da mais espaçosa vitrine eletrônica da disputa para o governo paulista. Por enquanto, França roça os 17 minutos diários de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Deve ultrapassar os 20 minutos.

O PSB de França conta com 5min32s de propaganda eleitoral. Nesta segunda-feira, o vice-governador adicionará o PSC (2min23s) ao seu cesto de apoiadores. Um balaio onde já se encontam o PR (5min32s), o Solidariedade (2min41s) e o Pros (1min56s). O PRB (3min35s) deve se juntar à caravana até o final da semana. E ainda negociam com França quatro logomarcas menores: PPS, PV, PHS e até o PCdoB, que costumava aliar-se ao PT.

A capacidade de sedução de França é potencializada pela fragrância de poder que exala do candidato. Em abril, Alckmin trocará a poltrona de governador pelo palanque presidencial. E seu vice assumirá o posto. França disputará a reeleição cavalgando uma máquina repleta de cargos por preencher. Noves fora as secretarias de governo, pendem do organograma do maior e mais rico Estado da federação cerca de 70 estatais.

Conhecido pelo pragmatismo, França é bastante explícito em suas articulações. Esclarece aos partidos que governará durante até o final de 2018 com os partidos que o apoiarem. Prevalecendo nas urnas, a parceria se prolonga por mais quatro anos. O vice de Alckmin deixa claro também em suas conversas o seguinte: se o PSDB optar pelo lançamento uma candidatura própria em São Paulo, os apadrinhados que a legenda mantém na engrenagem do Estado serão enviados para o olho da rua.

A desenvoltura de França reduz a margem de manobra dos grandes partidos que, por ora, não dispõem senão do próprio tempo de propaganda: PMDB e PT têm cerca de 11 minutos cada. O PSDB, conta com 8 minutos e 30 segundos. Ainda perambulam na praça de São Paulo, à procura dos melhores negócios, legendas fisiológicas de porte médio como o PP e o PTB.

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Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.


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