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Alckmin prega voto útil sem mostrar sua utilidade

Josias de Souza

18/09/2018 21h27

A poucos dias da eleição, são fortes os indícios de que o PSDB não estará no segundo turno. Situação melancólica para um partido que teve 51 milhões de votos com Aécio na eleição de 2014 e parecia fadado a retornar ao Planalto nesta sucessão de 2018. Qual é a explicação para o desempenho pífio de Alckmin?, perguntam os tucanos a si mesmos.

Com o país rachado ao meio, o tucanato fracassou em tarefas que pareciam simples. Perdeu sua metade do eleitorado ao trocar a moralidade de uma ação no TSE contra a chapa Dilma-Temer por cargos num governo amoral. Deixou escapar os eleitores desiludidos de Dilma quando fingiu não notar a ferrugem que oxidou a logomarca PSDB. O rol de encrencados emplumados não para de crescer: Aécio, Serra, Richa, Azambuja… o próprio Alckmin.

No momento, Alckmin ataca os extremos no horário eleitoral. "De um lado a turma de vermelhos que quer o fim da Lava-Jato", diz a propaganda tucana. "De outro lado, a turma do preconceito, que acha que pode resolver tudo na bala". Nas últimas sete eleições, os tucanos foram a alternativa para o eleitor antipetista. Excluído da polarização, Alckmin emite os primeiros sinais de desespero. Ele prega o voto útil sem conseguir demonstrar ao eleitorado a utilidade de sua própria candidatura.

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Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.


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