Beto Richa despenca 11 pontos depois da prisão
Josias de Souza
28/09/2018 00h20
Richa ficou embolado, em situação de empate técnico, num pelotão que inclui Flavio Arns (16%), da Rede; Oriovisto Guimarães (15%), do Podemos; e Alex Canziani (14%), do PTB. Do alto dos seus 39%, Roberto Requião parece ter assegurado sua reeleição, condenando os rivais a se engalfinhar pela segunda vaga.
Libertado graças a uma liminar expedida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo, Beto Richa classificou sua prisão de oportunista. O eleitorado, aparentemente, enxergou nas acusações que pesam sobre os ombros do tucano uma oportunidade para refletir.
Junto com sua mulher e outras 13 pessoas, Richa foi em cana sob a suspeita de participar de desvios num programa estadual de obras em estradas que cortam áreas rurais do Paraná. Goste-se ou não, é melhor que o eleitor saiba do que se passa antes do encontro com as urnas.
Sobre o autor
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.
Sobre o blog
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.