Caso Siemens: PT e PSDB sonegam o essencial
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Informação e educação, eis as duas coisas mais perigosas do mundo. Juntas, elas levam fatalmente à alforria da compreensão. Agora mesmo, a plateia observa o desenrolar do caso do cartel de trens e do metrô de São Paulo e percebe: PT e PSDB discordam nos detalhes e não conseguem se entender no essencial.
Nesta sexta, em visita a São Paulo, palco da rinha retórica, o presidenciável tucano Aécio Neves ironizou o ministro petista José Eduardo Cardozo (Justiça). "Achei meu amigo ministro um pouco nervoso com esse episódio", disse, referindo-se à entrevista que Cardozo concedera na véspera.
Acusado pelo tucanato de enviar à PF papeis apócrifos e forjados com propósitos eleitorais, o ministro da Justiça informou que vai processar tucanos que o ofenderam. "Acho lamentável que queiram transformar quem cumpre a lei em réu apenas pelo fato de que existe uma investigação que existe desde 2008. A maior parte dos países em que houve esse escândalo já investigou, já puniu pessoas envolvidas, o Brasil ainda caminha lentamente."
E Aécio: "Estamos pedindo esclarecimentos. Não há motivos para tanto nervosismo. Não sei se o Cade funciona dentro do gabinete da Justiça. Esse documento vem com uma tradução que não corresponde ao original que chegou a ele. O PSDB quer que essas questões sejam investigadas em profundidade."
De um lado, o ministro arrasta para a arena política órgãos como Cade e PF, que deveriam realizar trabalho técnico. Do outro lado, a principal liderança da oposição trombeteia a fumaça que Cardozo espalha e silencia sobre o incêndio em que arde a reputação do tucanato paulista.
Informada e educada, a plateia adoraria saber: Quantas licitações descarrilaram em São Paulo? Em que estágio se encontra a investigação? Qual o valor da tunga? Quem são os culpados? Já bloquearam os bens?
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