Carlos Bolsonaro: quem pede presidente longe das redes trama 'chantageá-lo'
Apenas 72 horas depois que Rodrigo Maia aconselhou Jair Bolsonaro a "ter mais tempo para cuidar da Previdência e menos tempo cuidando do Twitter", o vereador carioca Carlos Bolsonaro produziu uma nova postagem radioativa. Sem mencionar o nome do presidente da Câmara, incluiu-o no rol dos políticos chantagistas.
"As pessoas que querem Bolsonaro longe das redes sociais sabem que é isso que o conecta com o povo, já que não tem mídia a seu favor", escreveu o filho Zero Dois do presidente no Twitter e no Instagram. "Foi isso que garantiu sua eleição, inclusive. Em outras palavras, o querem fraco e sem apoio popular, pois assim conseguiriam chantageá-lo."
Carlos Bolsonaro voltou às suas trincheiras virtuais na noite de segunda-feira (25). Horas antes alardeara-se no Planalto que Jair Bolsonaro, após reunir-se com ministros civis e militares, buscaria a "pacificação" de suas relações com Rodrigo Maia. Mas o 'Pitbull', como o presidente se refere ao filho do meio, não se deu por achado.
O próprio Bolsonaro, conforme já noticiado aqui, publicara no seu Twitter uma gravação contendo comentário do jornalista Alexandre Garcia com críticas a Rodrigo Maia e à imprensa. Na mesma gravação, Garcia defende Carlos Bolsonaro, apontado como pivô de um bate-boca que intoxicou as relações do presidente da República com o chefe da Câmara.
Líderes partidários ruminam em Brasília a suspeita de que é Carlos Bolsonaro, não o pai dele, quem realiza as postagens nas redes sociais do presidente da república. Confirmando-se essa hipótese, o 'Zero Dois' teria alcançado a autossuficiência em piromania. Ele mesmo escolhe os alvos, ele mesmo risca o fósforo, ele mesmo faz a triagem dos esperneios que merecem contra-ataque, ele mesmo borrifa gasolina nas crises, prolongando a chama da discórdia.
A tática de Carlos Bolsonaro produz confusões do nada. Essas encrencas em série não parecem render dividendos para o pai-presidente. Ao contrário. No mundo real que pulsa fora da bolha da internet, a presença de Jair Bolsonaro nas redes sociais não impediu a queda de 15 pontos percentuais na taxa de aprovação medida pelo Ibope.
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